Coordenadora do OCAA discute impactos de acordos comerciais para a preservação da Amazônia


Alice Martins en 06/06/2023
Amazonia
Medio Ambiente
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Que particularidades específicas da região Amazônica devem ser levadas em consideração ao negociar um acordo comercial entre países, como o Acordo de Livre Comércio entre União Europeia e Mercosul? Esta é uma das perguntas respondidas pela coordenadora do Observatório de Comércio e Ambiente da Amazônia (OCAA) e diretora adjunta de Pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Patricia Pinho, em entrevista sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho.

«A Amazônia, num contexto global, é uma grande fonte das soluções para a emergência climática onde estamos», ressalta Pinho, que é bióloga de formação, tem Doutorado em Ecologia Humana pela Universidade da Califórnia Davis e pós-doutorado na Universidade de Michigan e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 

A pesquisadora enfatiza que, para promover o desenvolvimento sustentável, é preciso que os acordos comerciais tenham, em sua estrutura, a previsão de uma inserção tecnológica, de capital cultural e de resiliência climática para as populações amazônidas. Isso porque, em contextos de alta desigualdade, quando se planeja expandir o comércio, existe o risco de «continuar concentrando renda, capital e terras na mão de poucos, no Brasil», se não forem tomados os devidos cuidados.

A coordenadora do OCAA também  faz um levantamento de como está a visão internacional do Brasil em torno da proteção da Amazônia: «A gente tem sido cobrado pela proteção da floresta e somos considerados um país de risco. Por outro lado, existe um protagonismo, uma confiabilidade, por parte de governos do hemisfério Sul, liderando um processo Pan-Amazônico», pontua.

Quer saber mais? Confira a entrevista completa no vídeo: