Brasil deve emitir 7% mais metano até 2030, mas seria capaz de reduzir em 36%, diz relatório


Valor Econômico, Daniela Chiaretti em 17/10/2022
Ambiente
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No ritmo atual de emissões, o Brasil deve emitir 7% mais metano até 2030, aponta relatório do SEEG (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa). Contudo, documento também aponta que, se forem adotadas políticas de combate ao desmatamento ilegal, erradicação de lixões e ampliação de práticas sustentáveis na agropecuária, emissões brasileiras poderiam cair em 36% no mesmo período.

O metano é um poluente climático de vida curta com um tempo de vida atmosférico de aproximadamente 12 anos. Apesar da curta duração, seus efeitos são poderosos e seu potencial efeito de aquecimento global é equivalente a 28 vezes o do dióxido de carbono (CO2). Além disso, o metano também contribui para a formação de ozônio troposférico (O3), que, assim como ele, tem efeitos poderosos no aquecimento do planeta.

O Brasil é o quinto maior emissor de metano e sozinho emite o equivalente a 5,5% do metano do planeta. Em 2020, as emissões brasileiras foram estimadas em 21,7 milhões de toneladas, o equivalente a 26% de todas as emissões de gases de efeito estufa do país. A agropecuária brasileira é a maior emissora do país, respondendo por 71%, cerca de 14,54 milhões de toneladas, de todo o metano brasileiro lançado na atmosfera.


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