O desmatamento é o grande vilão da queda da qualidade da água em bacias hidrográficas como a do Rio Xingu, entre o Pará e o Mato Grosso, na Amazônia. Sabendo disso, membros das etnias Juruna e a Xavante, que vivem nesta região, criaram a Rede de Sementes do Xingu.
A iniciativa reúne grupos de coletores de sementes nativas, entre indígenas e agricultores familiares que vivem em assentamentos, com o objetivo de recuperar áreas do Cerrado e da Amazônia. As sementes coletadas no âmbito do programa são usadas por proprietários rurais que precisam, por lei, ou querem recuperar parte de suas propriedades com vegetação nativa. Depois de dois anos, em média, os chamados serviços ambientais da floresta costumam ser contabilizados.
Com a expansão do projeto, a coleta também virou uma opção de complemento de renda. As 294 toneladas de sementes, coletadas por 35 grupos de coletores, que foram comercializadas até hoje, fizeram crescer por volta de 25 milhões de árvores em 7,4 mil hectares.
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