ONGs pedem que justiça cobre R$ 247 milhões de desmatadores por dano climático


O Globo, Rafael Garcia em 09/06/2022
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Uma movimentação jurídica articulada pela ex-presidente do Ibama Suely Araújo pode permitir à União cobrar de 18 proprietários de terras na Amazônia uma compensação financeira de R$ 247 milhões por “”danos climáticos”” causados pelo desmatamento ocorrido em suas terras.

Juntos, os réus citados nos processos foram responsáveis por derrubar ilegalmente mais de 14 mil hectares de floresta entre 2004 e 2017, o que causou a emissão de mais de 10 milhões de toneladas de CO2. Os fazendeiros, que possuem áreas no Pará e no Amazonas, já vêm sendo processados na esfera civil pela Advocacia-Geral da União (AGU), que articulou uma parceria com o Ibama em 2018 para cobrar outros R$ 357 milhões por danos ambientais não climáticos.

O processo leva em conta o preço da tonelada de carbono pelo qual o Brasil era compensado dentro do Fundo Amazônia (equivalente a US$ 5 por tonelada de CO2). Também foi levada em conta no cálculo a queima de matéria orgânica usada no processo de limpeza da terra.


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