Regras internacionais de diligência e rastreabilidade nas cadeias: quais os impactos para o Brasil?


Valor Econômico, Caio Borges e Victoriana Gonzaga em 21/06/2022
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Dentre os diversos temas da agenda ESG, a busca pela sustentabilidade nas cadeias de abastecimento e produção tem sido bastante discutida. A falha em garantir a extensão de padrões de sustentabilidade aos sucessivos níveis da cadeia de suprimentos expõe cada vez mais as empresas a uma série de consequências sociais, financeiras e legais.

Em uma ação judicial que começou a ser julgada em junho, a varejista Casino, que controla o Grupo Pão de Açúcar no Brasil, foi demandada por entidades da sociedade civil brasileiras e europeias na justiça francesa. Elas alegam que a empresa tem falhado em garantir que seus fornecedores estejam em conformidade com regras ambientais e sociais.

As cadeias produtivas também são centrais na agenda climática. Há uma onda de compromissos de redução das emissões e de esforços para atingir a neutralidade de carbono. Contudo, cerca de 80-90% das emissões corporativas estão concentradas no chamado “Escopo 3”, que compreende as emissões das cadeias produtivas pós-consumo. Muitos desses compromissos corporativos e internacionais não englobam, no entanto, as emissões do Escopo 3.


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