Os desafios da bioeconomia na Amazônia


Globo Rural, Silvia Massruhá, Ana M.C.Euler, Clenio Pillon e Judson Valentim in 07/08/2023
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Pela primeira vez, governos e sociedade civil dos países amazônicos estão dialogando sobre políticas para impulsionar a bioeconomia como vetor de desenvolvimento sustentável na região. As políticas passadas resultaram em desmatamento e degradação, beneficiando poucos enquanto grande parte da população vive na pobreza. Há um movimento para cooperação e ações para inclusão produtiva, aumentando renda e qualidade de vida dos habitantes da Amazônia. A Embrapa tem trabalhado nisso, desenvolvendo tecnologias para agricultura sem desmatamento, manejo sustentável e recuperação de áreas degradadas. Investimentos em ciência, formação de capital humano e infraestrutura são essenciais, assim como a valorização dos povos da floresta.

No Brasil, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embrapa constataram que as políticas promovidas ao longo dos últimos 70 anos resultaram na conversão de cerca de 20% e na degradação de outra parte considerável (38%) do bioma devido ao uso do fogo.

O resultado foi a geração de benefícios econômicos para poucos, enquanto se manteve o paradoxo amazônico de imensa riqueza ambiental com grande parte das populações rurais e urbanas vivendo em condições de pobreza e dependentes de programas governamentais de complementação de renda.


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