Santiago Peña, presidente eleito do Paraguai, expressou apoio a um Mercosul mais aberto e rejeitou a ideia de criar uma moeda comum no bloco, proposta apoiada por Brasil e Argentina. Ele reconheceu a postura do Uruguai, que busca acordos comerciais individuais. Peña enfatizou que uma moeda comum não é viável devido às diferentes condições econômicas dos países e mencionou que a dolarização também possui desafios. Ele planeja focar na gestão da hidrovia Paraná-Paraguai-Uruguai como um ponto central na agenda do Mercosul.
Em entrevista ao jornal argentino Infobae publicada neste sábado (5), Peña, de 44 anos, disse que quer “um Mercosul mais aberto” e reconheceu que entende a postura do Uruguai, que negocia acordos comerciais com terceiros sem a anuência do bloco, o que gerou uma forte crise no grupo fundado em 1991.
“Quero um Mercosul mais aberto. O Paraguai está no meio de duas economias muito grandes, o que também acontece com o Uruguai. Quando o presidente do Uruguai (Luis Lacalle Pou) diz que poderia negociar separadamente com a China, o que faz é levantar a voz e dizer-lhes ‘senhores, ou flexibilizamos o Mercosul para nós ou teremos que sair em busca de outros mercados'”, refletiu.
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